Fapespa, Ciência e Elas: juntas para um futuro mais justo
Historicamente, a ciência se apresenta como um campo de forte atuação feminina com notáveis descobertas feitas por mulheres, mas com pouco reconhecimento desses trabalhos. Por isso, neste dia 8 de março, dia internacional da mulher, a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), instituição voltada ao fomento e divulgação da pesquisa e ao desenvolvimento de uma ciência mais igual, reconhece os brilhantes resultados entregues por mulheres empenhadas no fazer cientÃfico, bem como reconhece os desafios enfrentados por elas nessa área e, dessa forma, reafirma seu compromisso social em ampliar a participação feminina em projetos internos e externos à fundação.
Atualmente, a Fapespa tem mulheres ocupando cargos que vão desde servidoras, estagiárias e terceirizadas, são 66 funcionárias no quadro geral. Entre essas, 30% ocupam cargos de liderança. Além disso, em 2021, dentre os projetos aprovados na fundação, 60% são liderados por figuras femininas. Assim, a instituição conta com a participação delas desde o apoio e planejamento, até a fase final dos projetos.
Segundo Michelle Malcher, psicóloga da Fapespa, âas mulheres têm uma grande importância na fundação. Temos uma participação muito ativa, com conhecimento sobre nossas responsabilidades e estamos sempre atentas para garantir a execução das atividades relacionadas à s nossas funções. Ademais, estamos em todos os setores, presentes e diligentes com as funções que devemos exercer. E, diferente das empresas privadas, a Fapespa se empenha em garantir que não haja diferença salarial entre homens e mulheres.â
Uma dessas iniciativas lideradas por mulheres e apoiadas pela Fapespa, em parceria com a Fundação Guamá, é o projeto coordenado pela doutora e professora, Joyce Kelly. O trabalho consiste em desenvolver um método natural de controle de pragas em plantações de pimenta-do-reino. Apesar de estar a frente de um projeto, como mulher e cientista, Joyce consegue compreender bem os desafios de estar nesse meio.
âMuitas mulheres não são incentivadas a seguir a carreira cientÃfica, certos aspectos familiares também limitam a participação feminina na ciência, principalmente na área das exatas. No ensino superior, quando conseguem ingressar, muitas das meninas têm dificuldades financeiras, problemas familiares, falta de apoio, provocando uma queda significativa na confiança acadêmica. Por fim, mesmo ao se tornar uma pesquisadora, um dos maiores desafios para as mulheres é alcançar o nÃvel de excelência na carreira acadêmica, principalmente após a maternidade.â, afirma Joyce.
Apesar dos desafios, a Fapespa acredita ser possÃvel reverter esse quadro. Por isso, têm direcionado investimentos para a qualificação de mulheres desde a universidade, ofertando bolsas de iniciação cientÃfica, bolsas de pós-graduação, editais e chamadas públicas, além do aumento da participação feminina na instituição.
Nesse sentido, vale ressaltar o empenho da Fapespa, com apoio do Governo do Estado, em fazer do ambiente cientÃfico um lugar para todos.
Texto: Lorena Coelho