Cientista paraense recebe prêmio âPara Mulheres na Ciência no Brasilâ
âEsse prêmio não é para todas as pesquisadoras e futuras cientistas maravilhosas que temos! Ainda não encontrei palavras para expressar minha felicidade. Receber o prêmio é conseguir mostrar para as alunas que estamos no caminho certo, que estudar conservação em um paÃs que apesar de atualmente não estar se preocupando com a biodiversidade, com as mudanças climáticas e com os impactos do homem no ambiente, ainda é uma linha de estudo valorizada, esse tipo de pesquisa é importante sim!â, frisou ThaÃsa Sala Michelan.
A ecóloga ThaÃsa, professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), foi reconhecida na categoria Ciências da Vida, do Programa “Para Mulheres na Ciência” (For Women in Science) 2021. O prêmio é uma iniciativa da LâOréal, em parceria com a Unesco e Academia Brasileira de Ciências (ABC), que visa ajudar a diminuir as desigualdades no meio cientÃfico e proporcionar financiamento e o devido reconhecimento para pesquisadoras.
O programa está na sua 16ª edição e gratifica mulheres, dentre as áreas que são premiadas temos: Matemática, Ciências FÃsicas, Ciências QuÃmicas e Ciências da Vida. As setes cientistas premiadas levam R$ 50 mil reais para aplicar em seus projetos.
Para ThaÃsa, o valor recebido possibilitará desenvolver projetos dentro da UFPA. “Trazer esse prêmio para a UFPA é muito gratificante. Além de trazer a visibilidade da Universidade e da pesquisa que aqui é realizada, o valor recebido para desenvolver o projeto auxiliará os alunos de graduação, mestrado e doutorado que oriento, possibilitando fomentar as pesquisas e melhorar as estruturas dos laboratóriosâ, aponta Michelan.
A pesquisadora dedica-se ao estudo das plantas aquáticas da Amazônia, em especial aquelas presentes no estado do Pará. Ela desenvolve pesquisas no Labeco – Laboratório de Ecologia, do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA. Seus estudos procuram desvendar a ecologia de plantas dos ecossistemas aquáticos, sua interação com outros organismos e como as atividades humanas impactam na ocorrência dessas plantas (macrófitas).
Texto: Rosane Linhares