Fapespa lança dados referentes à conjuntura econômica cacaueira paraense
A nota técnica lançada apresenta um breve panorama sobre a conjuntura econômica do cacau no estado e visa contribuir para formulações nesse setor.
Nesta sexta-feira, 29, a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisa (Fapespa), por meio da Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural (DIEPSAC), lançou o relatório técnico-econômico da produção cacaueira no Pará, que visa propor um arcabouço referente a investimentos, comercialização externa, empreendimentos e mercado de trabalho dessa atividade no estado em relação ao Brasil e a outros estados. O mesmo pode servir como parâmetro para aprimoramentos nesse setor. O lançamento ocorreu através de mÃdias digitais da Fundação, para fácil acesso do público e entidades com interesse nessa cadeia produtiva.
A nota técnica
A nota ilustra a produção de cacau no mundo, destacando o Brasil na 7ª posição entre os paÃses produtores, com o total de 270 mil toneladas produzidas em 2020, o que corresponde a 4,7% da proporção mundial.
Entre os estados brasileiros que mais sobressaem para esse feito, destacam-se o Pará, o maior produtor, detentor de quase 145 mil toneladas, correspondendo a mais de 53% de toda a produção nacional; e o estado da Bahia, com 40%. Diante disso, o relatório contextualiza as comparações de exportação, produtividade, comercialização e empreendimentos da matéria prima dos estados.
MunicÃpios produtores
O ranking dos 10 municÃpios brasileiros que mais produzem cacau mostra a dominância de municÃpios que integram a região do Xingu, no estado do Pará. Em destaque: Medicilândia, Uruará, Anapu e Placas, que, juntos, representaram quase 40% de toda a produção nacional em 2020.
âEssa grande produtividade alcançada é resultado de muitos anos de trabalho e pesquisa da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (CEPLAC), da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), e outras instituições de ciência e tecnologia que se voltaram para esse bem produtivo que possui muito valor agregado e pode gerar muita riqueza, emprego e renda.â, relata Márcio Ponte, diretor da DIEPSAC.
Em contrapartida, a pesquisa mostrou o retorno econômico da exportação de cacau baiana, que manteve volume significativo exportado de US$ 55,775 milhões entre 1997 e 2021. Já o Pará só adentrou o âmbito da exportação contÃnua em meados de 2007; e em 2021, teve o registro de US$ 1,135 milhão em exportação, valor 55 vezes menor que o auferido pela economia baiana (US$ 62,661 milhões) no mesmo ano.
Essa diferença é notória e se deve ao fato de a cacauicultura baiana registrar maior volume de exportação de cacau em pó e produtos provenientes do cacau, os quais possuem maior valor agregado que o cacau puro, além de preços mais elevados no mercado internacional. O Pará exporta 99% de cacau bruto.
As informações presentes na nota técnica são de extrema importância para auxiliar futuras medidas na economia produtiva de cacau no estado. âO Pará é uma potência produtiva de cacau e, nos próximos anos, deve-se olhar cuidadosamente a indústria de transformação do cacau. Esses estudos representam parte do incentivo do Governo do Estado e da Fapespa em levar ciência, tecnologia e inovação por todo o Pará, colaborando para o desenvolvimento e fortalecimento deste importante setor do nosso estado.â, pontua o presidente Marcel Botelho.
Acesse a nota completa através do link: https://tinyurl.com/2p9bb55x
Texto: Myckael Portugal – ASCOM FAPESPA