Enviado por rodolpho.chermont em seg, 13/02/2023 - 15:08

Elas e a ciência: entenda a importância do dia internacional das mulheres e meninas na ciência

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Foto: Agência Pará

Neste último sábado, 11/02, foi comemorado o dia internacional das mulheres e meninas na ciência. A data é comemorada desde 2016, quando foi aprovada por meio de Assembleia Geral e celebrada pelas Nações Unidas e UNESCO em 2015. Contudo, essa data possui extrema importância na promoção de pautas sobre a participação igualitária das mulheres nas ciências.

Segundo um relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação (UNESCO), de 2020, as mulheres representam menos de 30% entre pesquisadores no mundo todo, enquanto, no Brasil, elas representam 49%,  número  mais promissor.        Vale ressaltar que as taxas oscilam por diferentes áreas, como no caso de ciências exatas e engenharias,  nas quais a participação masculina é maior em comparação ao público feminino.

Portanto, é indispensável não citar o quanto a luta feminina foi e ainda é importante para a ocupação desses espaços. Dessa forma, por meio de muita coragem e resistência,  inúmeros fatos históricos e icônicos na ciência foram protagonizados por mulheres.

 

Elas mudaram o rumo da ciência

Relembre algumas cientistas mulheres,  símbolos de representatividade e inspiração em diversos campos da ciência e na tecnologia:

 

Marie Curie

Nascida em 1867, em Varsóvia, Polônia, Marie Curie foi uma importante Física e Química responsável por liderar pesquisas sobre a radioatividade. Sua maior contribuição para a ciência foi o descobrimento de dois elementos químicos com radioatividade maior do que o urânio: o rádio e o polônio, que auxiliavam em tratamentos médicos e, hoje em dia, são usados na radioterapia.

Em 1911, essa descoberta rendeu o Nobel de Química para a cientista, o que a tornou a única pessoa no mundo com dois prêmios Nobel em áreas científicas diferentes.

 

Alice Ball

Alice Ball foi uma química norte-americana de Seattle, do estado de Washington, que desenvolveu um tratamento efetivo contra a hanseníase (Lepra), por meio do extrato de óleo de chaulmoogra. A injeção do óleo foi eficiente para tratar o Mal de Hansen até a aparição dos antibióticos, em 1940.

Algo importante a ser citado é o fato de Ball ter sido a primeira mulher e  primeira negra a graduar-se na Universidade do Havaí e a obter um mestrado.

 

No Brasil

  Outra personalidade que representa o símbolo feminino na ciência da atualidade é a Biomédica Brasileira Jaqueline Goes de Jesus. A Doutora em patologia humana coordenou a equipe responsável pelo sequenciamento do genoma da Covid19 no Brasil. O surpreendente foi que tudo isso aconteceu em 48 horas após a confirmação do primeiro caso no país, que ocorreu no dia 26 de fevereiro de 2020.

No Pará, a Fapespa atua na inserção de mulheres e jovens na pesquisa, por meio da ciência e inovação. Inúmeros projetos apoiados pela fundação nas mais diversas áreas do conhecimento, e que estão em evidência por todo o estado, são coordenados por mulheres, pesquisadoras e professoras de instituições públicas. Conheça duas delas:

 

Vania Neu

Pesquisadora e docente da Universidade Federal Rural da Amazônia, Vania Neu coordena um dos projetos que obtiveram destaque nesse último semestre. O projeto “Segurança Hídrica na região insular de Belém” desenvolveu um sistema de captação de água da chuva de baixo custo, que leva água potável para moradores da comunidade do Furo Grande, na Ilha das Onças (PA). O projeto beneficiou 15 famílias que residem na localidade.

Enquanto o papel da ciência para a pesquisadora “Fazer ciência é encantador. É a arte descobrir novas coisas, encontrar caminhos para um bem viver, encontrar caminhos para pensar em um mundo melhor, cuidar das pessoas, trazer saúde...” e complementa, “a ciência nos liberdade, autoestima e empoderamento.”, diz Vania.

 

Janae Gonçalves

Outra pesquisadora em destaque pela fundação é a professora e doutora Janae Gonçalves. Ela coordena o projeto “Programa de Desenvolvimento Socioeducacional às Pessoas com Transtorno do Espectro Autista no Estado do Pará – PPTEA”, apoiado pela Fapespa, em parceria com a Universidade Federal Rural da Amazônia.

O programa visou estabelecer uma interface entre pesquisa científica e políticas públicas, no intuito de elaborar e apoiar uma proposta de implementação de um Programa de Desenvolvimento Socioeducacional às Pessoas com TEA , nos 16 municípios do Arquipélago do Marajó, no Pará.

A pesquisa é pioneira no mapeamento do transtorno do espectro autista nessa região do estado.

Conheça a pesquisa:

https://www.instagram.com/p/CohfFy4s70M/

 

Por fim, é fato que as mulheres seguem resistindo e ocupando seus respectivos lugares no campo da ciência. E o Governo do Estado, por meio da Fapespa, assume o compromisso de impulsioná-las e incentivá-las a assumir o protagonismo na pesquisa, por todo o estado.