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Da floresta ao consumidor: no Dia Mundial do Chocolate, Fapespa destaca produção de marca 100% amazônica

Da floresta ao consumidor: no Dia Mundial do Chocolate, Fapespa destaca produção de marca 100% amazônica

O Pará é o maior produtor de amêndoa de cacau do Brasil e um dos maiores do mundo. Segundo o “Boletim Agropecuário do Pará 2024”, desenvolvido pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), o fruto representa 14,5% de toda produção agrícola estadual, o que tornou inevitável que o produto derivado dele, o chocolate, se tornasse uma paixão regional. Dois desses apaixonados são os engenheiros bioquímicos Yasmin Cantuária e Vinícius Carvalho, que se uniram a partir de uma inquietação em comum e criaram juntos a própria marca de chocolate: a Barcalat.

Segundo eles, a idealização do projeto surgiu em 2021, a partir da preocupação de criar um chocolate que fosse ao mesmo tempo saboroso, inclusivo e comprometido com impacto social e ambiental. “A ideia da Barcalat foi sendo construída ao longo de pesquisas, vivências e da vontade de oferecer ao mercado um chocolate que refletisse a identidade amazônica com autenticidade e ética”, afirmam os engenheiros e empreendedores.

Em 2022, o empreendimento se desenvolveu ainda mais ao ganhar o apoio do Governo do Estado, através da Fapespa, com o “Programa Centelha 2”, que estimulou a criação de empreendimentos inovadores, com a geração de novas ideias e disseminação da cultura do empreendedorismo inovador em todo o país, ao incentivar a mobilização e a articulação institucional dos atores nos ecossistemas locais, estaduais e regionais de inovação do país.

Destaque- Parceria entre a Fapespa, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o programa investiu mais de R$ 179 mil em startups relacionadas à produção de chocolate. “Foi esse suporte que permitiu transformar uma ideia cheia de propósito em um negócio real, que hoje gera impacto, valoriza a floresta e entrega ao mundo um chocolate amazônico de verdade”, declaram Yasmin e Vinícius. 

De acordo com os empreendedores, a produção dos chocolates da marca funciona de forma 100% regional, seguindo o modelo “da floresta ao consumidor”. “As amêndoas de cacau são cultivadas e fermentadas por parceiros locais, e nós cuidamos do processamento, rastreabilidade e criação dos produtos em nossa fábrica própria, garantindo qualidade, inovação e identidade amazônica em cada barra”, explicam.

Com a dedicação de criar um produto inovador sem aditivos sintéticos, leite, glúten, gordura hidrogenada e excessos de açúcar, o chocolate barcarenense foi o grande vencedor da categoria “Meu Primeiro Chocolate” do Festival Internacional de Chocolate e Flores, em 2023. 

Cacau- Segundo dados da Fapespa, o Pará conta com mais de 31,5 mil produtores de cacau, grande parte dessa produção é oriunda da agricultura familiar. Pensando na importância desta cadeia produtiva, atualmente a Fapespa destina R$ 2.535.079,20 para dez projetos que envolvem cacau, sendo sete de pesquisa e três de apoio a Startups.

Atualmente, a Barcalat aposta em sabores ousados e regionais como o chocolate com jambu, priprioca, cupuaçu e castanha, além de uma linha voltada para o público fitness. A marca também já foi reconhecida com prêmios de melhor sabor, destaque em impacto socioambiental e destaque em mercado por programas como o Jornada Amazônia.

Programa Centelha – Os desafios à inovação do “Programa Centelha” têm estimulado a criação de empreendimentos inovadores, com a geração de novas ideias e disseminação da cultura do empreendedorismo inovador em todo o país, ao incentivar a mobilização e a articulação institucional dos atores nos ecossistemas locais, estaduais e regionais de inovação do país

A chamada da terceira edição do programa chega ao Pará, sob a responsabilidade da Fapespa, ainda em 2025. Ao todo, serão destinados R$ 3,76 milhões para o fomento de 47 novas startups, o que garante continuidade no investimento no desenvolvimento de novas empresas inovadoras.

“A bioeconomia é sem sombra de dúvida o caminho para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. No Pará, estamos fomentando essa nova matriz econômica através da pesquisa e do empreendedorismo consciente”, avalia o presidente da Fapespa, Marcel Botelho.

Texto: Beatriz Rodrigues, estagiária, sob a supervisão de Manuela Oliveira (Ascom/Fapespa)

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